Mudanças Climáticas, Ursos Polares e o Papel da Reciclagem na Preservação do Planeta

14 de outubro de 2025

O urso polar é um dos símbolos mais conhecidos do impacto das mudanças climáticas no mundo. O derretimento acelerado do gelo no Ártico ameaça a sobrevivência dessa espécie, que depende do mar congelado para caçar suas presas. A situação é um alerta sobre como o aquecimento global afeta toda a vida na Terra, e como nossas escolhas podem fazer a diferença.


A realidade dos ursos polares


Estudos recentes mostram que, à medida que o gelo marinho desaparece, os ursos são forçados a passar mais tempo em terra, onde encontram pouca ou nenhuma fonte de alimento. Alguns tentam sobreviver comendo frutos ou ovos de aves, mas isso não é suficiente para manter sua saúde.


Hoje, restam cerca de 26 mil ursos polares no mundo, e eles são classificados como espécie vulnerável à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O maior desafio agora não é mais a caça predatória, mas o aumento da temperatura global. 


O elo entre mudanças climáticas e reciclagem


Aquecimento global é consequência direta do acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, resultado de atividades humanas, como queima de combustíveis fósseis e descarte inadequado de materiais.


A reciclagem é uma das ferramentas mais eficientes para reduzir esses impactos. Ao reaproveitar materiais, evitamos novas extrações de recursos naturais, diminuímos o consumo de energia em processos produtivos e reduzimos a emissão de CO₂.


Por que nossas ações importam


Reciclar não é apenas uma forma de dar destino correto aos materiais. É um ato de responsabilidade com o futuro, o nosso e o de espécies como os ursos polares. Cada lata, garrafa ou pedaço de metal que volta para a cadeia produtiva representa menos pressão sobre o meio ambiente. 


O drama dos ursos polares é um lembrete urgente de que o planeta está mudando e que precisamos agir. Incentivar a reciclagem, reduzir o consumo de descartáveis e apoiar iniciativas de economia circular são passos importantes para ajudar a conter o avanço das mudanças climáticas.


Preservar hoje é garantir que, no futuro, animais como os ursos polares continuem a existir.


28 de novembro de 2025
Durante os cinco dias de programação do The Town, a estimativa é que 10 toneladas de latinhas pós-consumo sejam geradas no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Todo esse volume será destinado à reciclagem pela Novelis, líder mundial na laminação e reaproveitamento do alumínio. Para visualizar: se todas essas latas fossem enfileiradas, dariam mais de dez voltas completas no circuito do autódromo.  A força dos catadores e da coleta estruturada A operação conta com cerca de 20 catadores e catadoras, que atuam diretamente durante os mais de 100 shows do festival. A participação desses profissionais é essencial para garantir a separação do material ainda dentro do evento, etapa fundamental para que as latas retornem corretamente à cadeia produtiva .Após a coleta, as embalagens seguem para o Centro de Coleta da Novelis, onde passam por processos de pesagem, triagem, limpeza, prensagem e estocagem. Em seguida, são enviadas para o complexo industrial de Pindamonhangaba (SP), o maior centro integrado de laminação e reciclagem de alumínio do mundo. Economia circular: o alumínio como exemplo de eficiência O alumínio é um dos materiais mais competitivos quando o assunto é circularidade: pode ser reciclado infinitas vezes, sem perda de qualidade. No caso do The Town, as latinhas coletadas voltam para a indústria e se transformam novamente em chapas para novas embalagens .Esse fluxo evidencia um ponto essencial: reciclagem é tecnologia, impacto ambiental reduzido e geração de valor simultaneamente. A Novelis destaca que esse ciclo traz benefícios ambientais e sociais claros e diretos, fortalecendo cadeias produtivas e ampliando oportunidades. O ponto de conexão com a Recicla A força desse movimento dialoga diretamente com o trabalho da Recicla no Nordeste. Assim como no The Town, a operação da Recicla mostra diariamente que resíduos encaminhados corretamente geram empregos, movimentam a economia e evitam o uso de recursos naturais. E ventos desse porte reforçam a importância de cadeias estruturadas, parcerias eficientes e ações que começam na separação correta e terminam na transformação de materiais, exatamente a base da atuação da Recicla. E m escala nacional ou regional, o princípio é o mesmo: preservar hoje para garantir o amanhã, por meio de práticas que unem eficiência operacional e compromisso ambiental.
25 de novembro de 2025
A COP 30 reúne, em Belém, lideranças de todos os continentes em um momento decisivo. Nesta semana, um grupo de cerca de 80 países defendeu, publicamente, que o mundo precisa de um “mapa do caminho” para encerrar gradualmente o uso de combustíveis fósseis. Trata-se de uma proposta para organizar, de forma clara, as etapas, prazos e responsabilidades da transição energética global. O gesto, convocado pela Dinamarca e apoiado por países como Colômbia, Quênia, Reino Unido, Serra Leoa e membros da União Europeia, busca pressionar os negociadores da conferência a incluir o tema no texto oficial. A mensagem central é direta: a crise climática exige velocidade, coordenação e ações concretas. O contexto brasileiro: metas antecipadas e potencial de liderança Enquanto a negociação internacional ganha força, um estudo recém-divulgado no Brasil trouxe uma notícia relevante: o país pode zerar suas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2040, dez anos antes da meta prevista no Acordo de Paris. O relatório Brazil Net-Zero by 2040, elaborado pelo Instituto Amazônia 4.0 em conjunto com universidades brasileiras, propõe dois caminhos realistas: AFOLU-2040 – focado em agricultura, florestas e uso da terra; Energy-2040 – centrado na transição energética e na redução dos combustíveis fósseis. A primeira rota aposta em medidas como fim do desmatamento até 2030, restauração de ecossistemas e estímulo à agricultura regenerativa. Já a segunda prioriza a substituição de petróleo e gás por biocombustíveis e tecnologias de captura e armazenamento de carbono. O “mapa do caminho” da COP 30: um mutirão global Na COP 30, o termo “mapa do caminho” surge como resposta à necessidade de alinhar esses esforços. O rascunho apresentado pela ONU organiza quatro temas essenciais: financiamento para enfrentar a crise climática; mecanismos para comprovação de metas; impacto do comércio nas políticas ambientais; e proposições para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. O documento ainda está em fase preliminar, mas já aparece como possível base para acordo entre os países. A expectativa é de que novas negociações avancem nos próximos dias. O ponto de encontro entre as discussões climáticas e a reciclagem Embora o foco da COP 30 esteja majoritariamente em energia, desmatamento e finanças climáticas, a reciclagem ocupa espaço estratégico nesse debate. Isso porque a economia circular interfere diretamente em três fatores decisivos para o cumprimento das metas globais: Redução de emissões – materiais reciclados exigem menos energia para produção do que matérias-primas virgens; Menor pressão sobre recursos naturais – evitando novas extrações e mantendo materiais em circulação; Diminuição do descarte inadequado – que, em países tropicais, representa emissões significativas de metano. À medida que o mundo planeja reduzir combustíveis fósseis, setores industriais precisarão se adaptar a uma matriz energética menos intensiva em carbono. Reciclar é parte fundamental desse processo, pois diminui a demanda energética e fortalece cadeias produtivas sustentáveis. Empresas que operam no setor já contribuem para esse movimento, reduzindo impactos, promovendo reaproveitamento, estruturando logística reversa e ampliando os ciclos de vida dos materiais. São ações práticas que, somadas ao compromisso político discutido na COP 30, ajudam a construir o caminho para metas mais ambiciosas.