Empresa de estacionamento, Indigo, recicla uniformes e evita emissão de 12,48 toneladas de CO₂

10 de setembro de 2025

Apesar dos avanços recentes na gestão de resíduos sólidos, o Brasil ainda convive com números alarmantes quando o assunto é descarte irregular. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2023, publicado pela ABREMA, cerca de 33 milhões de toneladas de lixo urbano têm destinação inadequada todos os anos.


Esse volume representa quase 43% de todo o lixo gerado no país em 2022, o que corresponde a impressionantes 11.362 piscinas olímpicas cheias de resíduos compactados ou 233 estádios do Maracanã lotados.


O que significa descarte irregular?


O descarte irregular acontece quando resíduos não são recolhidos pelo sistema oficial de coleta ou são destinados a locais inadequados, como lixões, terrenos baldios, valas e até córregos urbanos. Apesar de ilegais, os lixões ainda recebem aproximadamente 27,9 milhões de toneladas de resíduos anualmente, funcionando sem qualquer estrutura para impedir a contaminação do solo, da água e do ar. 


Além disso, em áreas sem cobertura de coleta, cerca de 5,3 milhões de toneladas acabam sendo descartadas de forma incorreta, ampliando os riscos ambientais e dificultando a valorização de materiais que poderiam ser reciclados. 


Impactos para a saúde pública e o meio ambiente


Os efeitos desse descarte inadequado vão muito além da poluição visual. Lixões a céu aberto favorecem a proliferação de insetos e animais transmissores de doenças, colocando em risco a saúde das comunidades vizinhas. Sem proteção adequada, os resíduos liberam chorume e gases tóxicos, contaminando o solo, comprometendo lençóis freáticos e contribuindo para a poluição do ar.


Essa realidade representa um retrocesso não apenas ambiental, mas também social, já que dificulta o trabalho de reaproveitamento de materiais e sobrecarrega os serviços de saúde pública.


Caminhos para o futuro


Superar o desafio do descarte irregular exige um esforço conjunto entre governos, empresas e sociedade. Algumas medidas fundamentais incluem: 

  • Expansão e melhoria da coleta e da destinação final ambientalmente adequada, com a construção de novos aterros sanitários;
  • Fortalecimento da reciclagem e da economia circular, reduzindo a geração de resíduos e valorizando os materiais reaproveitáveis;
  • Educação ambiental e engajamento social, para que cada cidadão compreenda a importância do descarte correto;
  • Políticas públicas eficazes e fiscalização rigorosa, com o objetivo de eliminar definitivamente os lixões e ampliar a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos.


24 de outubro de 2025
O hábito da leitura é uma das formas mais ricas de aprendizado e entretenimento. Mas, à medida que cresce o mercado de e-books e audiolivros, uma dúvida importante surge: qual formato é mais amigável para o planeta: O livro impresso ou o digital? Impactos ambientais do livro impresso Desde a invenção da imprensa, a produção de livros impulsionou o conhecimento, mas também consumiu bilhões de árvores. Hoje, grandes editoras adotam papel certificado por órgãos como o FSC, buscando reduzir o impacto ambiental. Ainda assim, cada livro impresso gera, em média, 330 gramas de CO₂, o equivalente a uma xícara de café, considerando toda a cadeia produtiva: corte de árvores, processamento da celulose, impressão, transporte e distribuição. Com bilhões de livros vendidos anualmente, as emissões globais são significativas. Vantagens e desafios dos e-books Os livros digitais têm um benefício imediato: não usam papel, o que ajuda a poupar florestas. Além disso, eliminam o transporte físico de exemplares, reduzindo emissões de CO₂. Por outro lado, a produção dos leitores digitais exige energia, água e extração de minerais, além de gerar resíduos eletrônicos no descarte. O uso constante para recargas também tem seu impacto. O ponto de equilíbrio Segundo estudo da Universidade de Tóquio, os e-books se tornam vantajosos para o clima se o usuário ler pelo menos 15 livros em 3 anos. Caso contrário, o impacto da produção do dispositivo pode ser maior que o de comprar alguns exemplares impressos. O papel da reciclagem Independentemente do formato, a chave está na destinação correta: Livros impressos: podem ser doados, revendidos ou reciclados, retornando como papel novo para a cadeia produtiva. Aparelhos digitais: devem ser entregues em programas de logística reversa, evitando que metais pesados e plásticos contaminem o meio ambiente. Não há uma resposta única para saber qual formato é “melhor” para o planeta. O impacto depende da sua frequência de leitura e de como você lida com os livros ou aparelhos depois de usá-los. A decisão mais sustentável é consumir de forma consciente, priorizar livros que realmente serão lidos, reutilizar ou reciclar os exemplares impressos e garantir o descarte correto de dispositivos eletrônicos. Assim, você contribui para reduzir emissões, preservar recursos e fortalecer a economia circular.
14 de outubro de 2025
O urso polar é um dos símbolos mais conhecidos do impacto das mudanças climáticas no mundo. O derretimento acelerado do gelo no Ártico ameaça a sobrevivência dessa espécie, que depende do mar congelado para caçar suas presas. A situação é um alerta sobre como o aquecimento global afeta toda a vida na Terra, e como nossas escolhas podem fazer a diferença. A realidade dos ursos polares Estudos recentes mostram que, à medida que o gelo marinho desaparece, os ursos são forçados a passar mais tempo em terra, onde encontram pouca ou nenhuma fonte de alimento. Alguns tentam sobreviver comendo frutos ou ovos de aves, mas isso não é suficiente para manter sua saúde. Hoje, restam cerca de 26 mil ursos polares no mundo, e eles são classificados como espécie vulnerável à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). O maior desafio agora não é mais a caça predatória, mas o aumento da temperatura global. O elo entre mudanças climáticas e reciclagem Aquecimento global é consequência direta do acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera, resultado de atividades humanas, como queima de combustíveis fósseis e descarte inadequado de materiais. A reciclagem é uma das ferramentas mais eficientes para reduzir esses impactos. Ao reaproveitar materiais, evitamos novas extrações de recursos naturais, diminuímos o consumo de energia em processos produtivos e reduzimos a emissão de CO₂. Por que nossas ações importam Reciclar não é apenas uma forma de dar destino correto aos materiais. É um ato de responsabilidade com o futuro, o nosso e o de espécies como os ursos polares. Cada lata, garrafa ou pedaço de metal que volta para a cadeia produtiva representa menos pressão sobre o meio ambiente. O drama dos ursos polares é um lembrete urgente de que o planeta está mudando e que precisamos agir. Incentivar a reciclagem, reduzir o consumo de descartáveis e apoiar iniciativas de economia circular são passos importantes para ajudar a conter o avanço das mudanças climáticas. Preservar hoje é garantir que, no futuro, animais como os ursos polares continuem a existir.