Olha só se não são as consequências das nossas atitudes…

Túlio Dantas • 12 de julho de 2023

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Nas palavras do educador Paulo Freire, “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." Diante desta citação, podemos pensar que a educação seria a solução para uma boa parte, senão de todos, os problemas existentes em nossa sociedade. Contudo, sabemos que as coisas não funcionam assim, e um exemplo disso é a atual situação em que se encontra a Praia de Ponta Negra.


Usada como cartão postal da nossa cidade, Ponta Negra é um destino bastante procurado por turistas e um ponto muito atrativo para os natalenses. No entanto, nem mesmo toda a visibilidade adquirida pelo Morro do Careca foi capaz de livrar a praia das consequências das nossas próprias atitudes.



Há muito tempo se fala sobre o aumento da orla de Ponta Negra e projetos de drenagem para a mesma, e apesar da seriedade do assunto, ainda não se vê uma comoção social a respeito das consequências que as ações humanas têm provocado. Vale ressaltar que “se trata de uma obra que irá gerar inúmeras possibilidades a longo prazo, e por isso precisa de toda atenção possível", disse Leon Aguiar quando questionado sobre a demora do Idema para emitir a licença que permite o desenrolar do projeto.


Toda essa situação é interessante para nos fazer refletir sobre as consequências da ação humana no meio ambiente. Sabemos que toda atitude gera uma reação, mas até mesmo a falta dela também é capaz de gerar sérias consequências. Por isso é importante nos atentarmos para o nosso papel como cidadãos e o exercermos como verdadeiros agentes ativos na causa ambiental.


Apenas o projeto de engorda da orla da Praia de Ponta Negra não será o suficiente para sanar todos os danos já causados. Por isso precisamos entender que mais importante do que aumentar a faixa de areia é nos mantermos atentos às nossas atitudes. Buscar estar atento a esta pauta e analisar as estratégias sugeridas para a solução desse impasse é nosso dever como cidadãos. Mas, não para por aí. Podemos ajudar não poluindo a praia e, principalmente, cobrando das autoridades projetos que sejam ambientalmente responsáveis e livres de apenas interesses econômicos.


Por fim, acreditamos que você já está ciente dos males que a desumanidade pode gerar ao meio ambiente. Por isso o convidamos a preservar hoje e garantir o amanhã conosco, tendo atitudes capazes de impactar positivamente não só a nossa querida Praia de Ponta Negra, mas todo o meio ambiente. Pense e aja de maneira responsável, e conte com a Recicla RN para isso! Nos siga em nossas redes sociais e acompanhe o nosso blog para ficar por dentro de tudo o que acontece no universo ambiental.

12 de dezembro de 2025
Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado uma sucessão de ciclones extratropicais marcados por ventos intensos, chuvas volumosas e impactos significativos em diversas regiões. Embora esses sistemas meteorológicos sejam comuns no hemisfério Sul, especialistas afirmam que a intensidade atual já não pode ser considerada “normal”. O ciclone que atingiu recentemente o Sul do país foi classificado como de altíssimo risco, com rajadas que podem chegar a 120 km/h. Em Santa Catarina, municípios registraram volumes excepcionais de chuva em apenas 24 horas. A consequência imediata foram alagamentos, destruição e, infelizmente, mortes. O que está intensificando esses eventos? Pesquisas apontam uma relação direta entre o aquecimento global e a amplificação de fenômenos como esse. Para especialistas, a atmosfera mais quente fornece energia adicional às tempestades, favorecendo episódios mais severos. Outro fator decisivo é a redução inédita do gelo marinho na Antártica, resultado direto das mudanças climáticas. Essa alteração coloca a Oscilação Antártica em fase negativa, deslocando o cinturão de ciclones extratropicais e empurrando eventos mais intensos para o Sul do Brasil. Como explica o climatologista Francisco Aquino, esse cenário cria as condições perfeitas para tempestades extremas, comuns no inverno, ocorrerem também em outras estações. Ciclones-bomba: um risco crescente Os meteorologistas também observam a maior frequência de “ciclones-bomba”, caracterizados pela queda rápida da pressão atmosférica e ventos violentos. Embora ainda seja cedo para classificar o último evento como tal, a estrutura e a intensidade do sistema se aproximam desse padrão, reforçando um alerta sobre o que está por vir. Estudos climáticos já projetam um aumento desses sistemas nas próximas décadas se as emissões globais continuarem elevadas. Impactos sociais e a necessidade de adaptação Eventos como esse mostram que não se trata apenas de um problema ambiental, mas também de uma questão de segurança pública, planejamento urbano e resiliência comunitária. Especialistas defendem investimentos urgentes em: Alertas antecipados Infraestrutura de proteção Comunicação eficiente sobre riscos Políticas de mitigação e adaptação climática Essa estrutura é essencial para reduzir danos humanos e econômicos em cenários de tempestades cada vez mais intensas. O papel da economia circular nesse cenário A transição para cidades mais resilientes inclui uma revisão profunda da forma como produzimos, consumimos e descartamos. O acúmulo de emissões, que impulsiona eventos como ciclones intensificados, está diretamente ligado ao uso de materiais virgens e à falta de eficiência nas cadeias produtivas. Ao fortalecer práticas como reciclagem, reaproveitamento e gestão responsável, reduzimos emissões, poupamos recursos naturais e construímos estruturas mais preparadas para o futuro. A economia circular não é apenas uma pauta ambiental: é uma estratégia concreta de mitigação climática Caminhos possíveis para o amanhã A crescente força dos ciclones extratropicais no Brasil é um sinal claro de que o mundo já vive os efeitos das mudanças climáticas. Enfrentar essa realidade exige ação conjunta: políticas públicas fortes, ciência, inovação e responsabilidade ambiental. Na Recicla, seguimos comprometidos com soluções que reduzem impactos, fortalecem comunidades e contribuem para um futuro mais seguro e equilibrado. A adaptação climática começa agora, e passa pelas escolhas que fazemos todos os dias.
9 de dezembro de 2025
Com enchentes cada vez mais frequentes e o aumento do nível do mar pressionando populações costeiras, a Holanda tem se destacado ao desenvolver bairros flutuantes como forma de adaptação urbana. Um exemplo emblemático é Schoonschip, em Amsterdã: um conjunto de casas que se eleva e desce com a água, resistindo a tempestades que vêm se tornando mais intensas. Nesse modelo, as construções são fixadas em pilares metálicos, possuem cascos de concreto e utilizam painéis solares, bombas de calor e telhados verdes. A proposta une habitação, sustentabilidade e resiliência climática, transformando a água em aliada, não em ameaça. Tecnologia que já inspira o mundo A experiência holandesa não está isolada. Projetos semelhantes já se espalham para países europeus, para a Polinésia Francesa, para as Maldivas e até para ilhas artificiais propostas no mar Báltico. A escala desses planos mostra que a adaptação climática exige inovação e soluções urbanas que considerem o cenário futuro! Novo planejamento urbano para novos desafios Casas flutuantes não têm apenas função habitacional: elas surgem como alternativas para cidades que enfrentam falta de espaço, enchentes recorrentes e riscos de tempestades extremas. A Holanda já inclui esse tipo de construção em sua Estratégia de Adaptação e Resistência às Mudanças Climáticas, e a demanda cresce diante da necessidade de novas moradias. Benefícios, desafios e oportunidades A tecnologia é promissora, mas também enfrenta obstáculos. Construções sobre a água exigem infraestrutura específica, como redes de energia e saneamento adaptadas, além de resistência a ventos e ondas mais fortes. Ainda assim, especialistas defendem que cidades adaptadas à água podem salvar vidas e reduzir danos bilionários em cenários de enchentes, cada vez mais comuns em regiões urbanas. O papel da gestão de materiais nesse contexto Soluções como bairros flutuantes fazem parte de uma transformação maior: pensar cidades mais resilientes e sustentáveis. Nesse cenário, economias circulares e sistemas eficientes de reciclagem têm papel essencial na redução de impactos e na construção de ambientes urbanos mais preparados para o futuro. A reciclagem reduz a pressão sobre recursos naturais, diminui emissões e contribui para que infraestruturas urbanas, seja no solo ou na água, sejam menos vulneráveis às mudanças climáticas. Trata-se de um conjunto de práticas que, quando aplicadas com responsabilidade, ajudam a fortalecer cidades, comunidades e ecossistemas! Caminhos possíveis para o amanhã A experiência holandesa prova que inovação, tecnologia e sustentabilidade podem caminhar juntas para enfrentar desafios previstos nas próximas décadas. E cada país, cada cidade e cada empresa têm um papel nisso. A Recicla segue comprometida com práticas que fortalecem essa visão: gestão responsável, economia circular e soluções que contribuem para um futuro mais seguro, inteligente e adaptado.