Dois biomas, uma solução.

Túlio Dantas • 19 de julho de 2023

Dois biomas importantes para o Brasil foram devastados nos últimos 38 anos. O Cerrado e a Amazônia perderam áreas gigantescas de seus territórios por conta do desmatamento. Porém, dados apontam que o desmatamento na Amazônia caiu 31%. Essa queda aconteceu entre janeiro e maio deste ano, segundo o INPE. Apesar do bom resultado para a Amazônia, o Cerrado vem tendo dados alarmantes sobre o desmatamento. Segundo o Deter, foram registrados 3.532 quilômetros quadrados de área desmatada entre os meses de fevereiro e maio; com aumento de mais de 35% comparado com o mesmo período de 2022.


O desmatamento do cerrado está ligado ao desenvolvimento de atividades produtivas, em especial, a agropecuária. A atividade tem despertado preocupação no diretor de conservação e preservação, Edgar de Oliveira, que deixou claro que está monitorando essa região. O mesmo implantará atividades concentradas e investimentos para impedir a destruição desse bioma de extrema importância para todo o território nacional.

Mas, o que nós como sociedade podemos fazer para preservar essas áreas? Pensando nisso separamos algumas dicas que vão ajudar a diminuir o desmatamento:


1. Plante árvores: todo mundo tem um local livre na parte externa de casa. Que tal usá-la para fazer o plantio de uma nova árvore? Ou até mesmo em um local público, como praças e parques? Isso vai ajudar na cobertura florestal e tornará o ar mais limpo, fornecendo abrigo para a fauna local;


2. Apoie iniciativas que ajudam a preservar o meio ambiente: existem diversas campanhas que ajudam na preservação do meio ambiente, programas relacionados à proteção da flora e da fauna, e também no reflorestamento. Procure saber mais sobre esses projetos e apoie-os;


3. Utilize recursos de energias renováveis: investir em energia solar ou eólica é uma das práticas que ajudam o meio ambiente e que trazem benefícios para a economia, ou seja, você estará economizando e preservando a natureza;


4. Caso você more perto dessas regiões (florestas, bosques etc.), evite o uso de materiais que emitem chamas, já que são áreas de vegetação e facilmente pegam fogo;


5. Cobre às autoridades: todo e qualquer cidadão tem o direito de procurar as autoridades em caso de necessidade, já que eles estão ali para solucionar os nossos problemas. Observou algum desmatamento ilegal? Procure algum órgão responsável para solucionar o problema;


6. Antes de consumir qualquer produto procure saber mais sobre a empresa que está oferecendo e veja se ela não tem nenhuma ligação com desmatamento.


Não podemos esperar que a natureza se cure sozinha. É nossa função preservar hoje para garantir o amanhã para as próximas gerações.

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Apesar dos avanços recentes na gestão de resíduos sólidos, o Brasil ainda convive com números alarmantes quando o assunto é descarte irregular. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2023, publicado pela ABREMA, cerca de 33 milhões de toneladas de lixo urbano têm destinação inadequada todos os anos. Esse volume representa quase 43% de todo o lixo gerado no país em 2022, o que corresponde a impressionantes 11.362 piscinas olímpicas cheias de resíduos compactados ou 233 estádios do Maracanã lotados. O que significa descarte irregular? O descarte irregular acontece quando resíduos não são recolhidos pelo sistema oficial de coleta ou são destinados a locais inadequados, como lixões, terrenos baldios, valas e até córregos urbanos. Apesar de ilegais, os lixões ainda recebem aproximadamente 27,9 milhões de toneladas de resíduos anualmente, funcionando sem qualquer estrutura para impedir a contaminação do solo, da água e do ar. Além disso, em áreas sem cobertura de coleta, cerca de 5,3 milhões de toneladas acabam sendo descartadas de forma incorreta, ampliando os riscos ambientais e dificultando a valorização de materiais que poderiam ser reciclados. Impactos para a saúde pública e o meio ambiente Os efeitos desse descarte inadequado vão muito além da poluição visual. Lixões a céu aberto favorecem a proliferação de insetos e animais transmissores de doenças, colocando em risco a saúde das comunidades vizinhas. Sem proteção adequada, os resíduos liberam chorume e gases tóxicos, contaminando o solo, comprometendo lençóis freáticos e contribuindo para a poluição do ar. Essa realidade representa um retrocesso não apenas ambiental, mas também social, já que dificulta o trabalho de reaproveitamento de materiais e sobrecarrega os serviços de saúde pública. Caminhos para o futuro Superar o desafio do descarte irregular exige um esforço conjunto entre governos, empresas e sociedade. Algumas medidas fundamentais incluem: Expansão e melhoria da coleta e da destinação final ambientalmente adequada, com a construção de novos aterros sanitários; Fortalecimento da reciclagem e da economia circular, reduzindo a geração de resíduos e valorizando os materiais reaproveitáveis; Educação ambiental e engajamento social, para que cada cidadão compreenda a importância do descarte correto; Políticas públicas eficazes e fiscalização rigorosa, com o objetivo de eliminar definitivamente os lixões e ampliar a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos.