Brasil Proíbe Importação de Resíduos Sólidos para Fortalecer a Reciclagem e Impulsionar a Economia Circular

27 de dezembro de 2024

No dia 29 de novembro de 2024, uma importante medida foi aprovada na Câmara dos Deputados: o projeto de lei que proíbe a importação de resíduos sólidos, como plástico, papel, vidro e metal, com o objetivo de fortalecer a reciclagem no Brasil. Essa decisão marca um avanço significativo para o país na busca por soluções mais sustentáveis e responsáveis no gerenciamento de resíduos.


Nos últimos dez anos, o Brasil importou 56 milhões de toneladas de resíduos provenientes de outras nações, muitas vezes de países com infraestruturas precárias para o descarte adequado. O projeto, aprovado pelo deputado Célio Silveira (MDB-GO), visa, portanto, evitar que o Brasil se torne um depósito de lixo estrangeiro e buscar alternativas sustentáveis para o tratamento de resíduos no território nacional.


Impactos da Proibição


A medida proíbe a entrada de uma série de materiais recicláveis, ampliando as restrições da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Essa mudança, ao invés de apenas combater a importação de resíduos perigosos, visa reduzir a dependência do Brasil em relação a materiais recicláveis de outros países e fortalecer o mercado interno de reciclagem.


A economia circular, conceito que prioriza o reaproveitamento de materiais na cadeia produtiva, se torna o principal foco dessa mudança, trazendo benefícios tanto para o meio ambiente quanto para a economia. Especialistas destacam que a medida também pode ser um impulso para a geração de empregos no setor de reciclagem e para o desenvolvimento de tecnologias mais avançadas para o tratamento de resíduos.


Desafios e Oportunidades


Apesar da importância da medida, especialistas afirmam que o Brasil ainda enfrenta grandes desafios na gestão de resíduos. A coleta seletiva no país é deficitária em diversas regiões, o que dificulta a separação adequada dos materiais recicláveis. É essencial expandir essa prática, incentivando tanto a população quanto às empresas a adotarem a logística reversa – conceito que responsabiliza as empresas pelo descarte correto dos produtos que fabricam.


Além disso, a compostagem é apontada como uma alternativa promissora para o tratamento de resíduos orgânicos, que representam quase 50% do lixo doméstico. A ideia é promover a redução, reutilização e reciclagem de materiais por meio de práticas mais sustentáveis e acessíveis.


A Recicla e o Papel da Educação Ambiental


Estamos, todos, em uma jornada de mudança e evolução no manejo dos nossos resíduos. É imprescindível que cada um de nós assuma sua responsabilidade em reduzir, reutilizar e reciclar, e a Recicla tem o compromisso de apoiar e disseminar esses conceitos.



Com a aprovação dessa lei, o Brasil dá um passo importante para se tornar uma referência global em práticas sustentáveis e gestão eficiente de resíduos, e a Recicla continua comprometida com essa transformação.


Fonte: JP News


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12 de dezembro de 2025
Nos últimos meses, o Brasil tem enfrentado uma sucessão de ciclones extratropicais marcados por ventos intensos, chuvas volumosas e impactos significativos em diversas regiões. Embora esses sistemas meteorológicos sejam comuns no hemisfério Sul, especialistas afirmam que a intensidade atual já não pode ser considerada “normal”. O ciclone que atingiu recentemente o Sul do país foi classificado como de altíssimo risco, com rajadas que podem chegar a 120 km/h. Em Santa Catarina, municípios registraram volumes excepcionais de chuva em apenas 24 horas. A consequência imediata foram alagamentos, destruição e, infelizmente, mortes. O que está intensificando esses eventos? Pesquisas apontam uma relação direta entre o aquecimento global e a amplificação de fenômenos como esse. Para especialistas, a atmosfera mais quente fornece energia adicional às tempestades, favorecendo episódios mais severos. Outro fator decisivo é a redução inédita do gelo marinho na Antártica, resultado direto das mudanças climáticas. Essa alteração coloca a Oscilação Antártica em fase negativa, deslocando o cinturão de ciclones extratropicais e empurrando eventos mais intensos para o Sul do Brasil. Como explica o climatologista Francisco Aquino, esse cenário cria as condições perfeitas para tempestades extremas, comuns no inverno, ocorrerem também em outras estações. Ciclones-bomba: um risco crescente Os meteorologistas também observam a maior frequência de “ciclones-bomba”, caracterizados pela queda rápida da pressão atmosférica e ventos violentos. Embora ainda seja cedo para classificar o último evento como tal, a estrutura e a intensidade do sistema se aproximam desse padrão, reforçando um alerta sobre o que está por vir. Estudos climáticos já projetam um aumento desses sistemas nas próximas décadas se as emissões globais continuarem elevadas. Impactos sociais e a necessidade de adaptação Eventos como esse mostram que não se trata apenas de um problema ambiental, mas também de uma questão de segurança pública, planejamento urbano e resiliência comunitária. Especialistas defendem investimentos urgentes em: Alertas antecipados Infraestrutura de proteção Comunicação eficiente sobre riscos Políticas de mitigação e adaptação climática Essa estrutura é essencial para reduzir danos humanos e econômicos em cenários de tempestades cada vez mais intensas. O papel da economia circular nesse cenário A transição para cidades mais resilientes inclui uma revisão profunda da forma como produzimos, consumimos e descartamos. O acúmulo de emissões, que impulsiona eventos como ciclones intensificados, está diretamente ligado ao uso de materiais virgens e à falta de eficiência nas cadeias produtivas. Ao fortalecer práticas como reciclagem, reaproveitamento e gestão responsável, reduzimos emissões, poupamos recursos naturais e construímos estruturas mais preparadas para o futuro. A economia circular não é apenas uma pauta ambiental: é uma estratégia concreta de mitigação climática Caminhos possíveis para o amanhã A crescente força dos ciclones extratropicais no Brasil é um sinal claro de que o mundo já vive os efeitos das mudanças climáticas. Enfrentar essa realidade exige ação conjunta: políticas públicas fortes, ciência, inovação e responsabilidade ambiental. Na Recicla, seguimos comprometidos com soluções que reduzem impactos, fortalecem comunidades e contribuem para um futuro mais seguro e equilibrado. A adaptação climática começa agora, e passa pelas escolhas que fazemos todos os dias.
9 de dezembro de 2025
Com enchentes cada vez mais frequentes e o aumento do nível do mar pressionando populações costeiras, a Holanda tem se destacado ao desenvolver bairros flutuantes como forma de adaptação urbana. Um exemplo emblemático é Schoonschip, em Amsterdã: um conjunto de casas que se eleva e desce com a água, resistindo a tempestades que vêm se tornando mais intensas. Nesse modelo, as construções são fixadas em pilares metálicos, possuem cascos de concreto e utilizam painéis solares, bombas de calor e telhados verdes. A proposta une habitação, sustentabilidade e resiliência climática, transformando a água em aliada, não em ameaça. Tecnologia que já inspira o mundo A experiência holandesa não está isolada. Projetos semelhantes já se espalham para países europeus, para a Polinésia Francesa, para as Maldivas e até para ilhas artificiais propostas no mar Báltico. A escala desses planos mostra que a adaptação climática exige inovação e soluções urbanas que considerem o cenário futuro! Novo planejamento urbano para novos desafios Casas flutuantes não têm apenas função habitacional: elas surgem como alternativas para cidades que enfrentam falta de espaço, enchentes recorrentes e riscos de tempestades extremas. A Holanda já inclui esse tipo de construção em sua Estratégia de Adaptação e Resistência às Mudanças Climáticas, e a demanda cresce diante da necessidade de novas moradias. Benefícios, desafios e oportunidades A tecnologia é promissora, mas também enfrenta obstáculos. Construções sobre a água exigem infraestrutura específica, como redes de energia e saneamento adaptadas, além de resistência a ventos e ondas mais fortes. Ainda assim, especialistas defendem que cidades adaptadas à água podem salvar vidas e reduzir danos bilionários em cenários de enchentes, cada vez mais comuns em regiões urbanas. O papel da gestão de materiais nesse contexto Soluções como bairros flutuantes fazem parte de uma transformação maior: pensar cidades mais resilientes e sustentáveis. Nesse cenário, economias circulares e sistemas eficientes de reciclagem têm papel essencial na redução de impactos e na construção de ambientes urbanos mais preparados para o futuro. A reciclagem reduz a pressão sobre recursos naturais, diminui emissões e contribui para que infraestruturas urbanas, seja no solo ou na água, sejam menos vulneráveis às mudanças climáticas. Trata-se de um conjunto de práticas que, quando aplicadas com responsabilidade, ajudam a fortalecer cidades, comunidades e ecossistemas! Caminhos possíveis para o amanhã A experiência holandesa prova que inovação, tecnologia e sustentabilidade podem caminhar juntas para enfrentar desafios previstos nas próximas décadas. E cada país, cada cidade e cada empresa têm um papel nisso. A Recicla segue comprometida com práticas que fortalecem essa visão: gestão responsável, economia circular e soluções que contribuem para um futuro mais seguro, inteligente e adaptado.