Descarte irregular de lixo no Brasil: um desafio urgente para saúde e meio ambiente

8 de agosto de 2025

Apesar dos avanços recentes na gestão de resíduos sólidos, o Brasil ainda enfrenta um grande desafio: cerca de 33 milhões de toneladas de lixo urbano são descartadas de forma irregular todos os anos. Essa informação consta no Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2023, lançado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA).

O que significa descarte irregular?

O descarte irregular envolve resíduos que não são coletados pelo sistema oficial ou que são destinados a locais inadequados, como lixões, valas, terrenos baldios e córregos urbanos. Em 2022, esses resíduos representaram quase 43% do total do lixo gerado no país,  o equivalente a 11.362 piscinas olímpicas de lixo compactado ou 233 estádios do Maracanã lotados.

Os impactos para a saúde pública e o meio ambiente

Os lixões, apesar de serem ilegais, ainda são utilizados para destinação final de aproximadamente 27,9 milhões de toneladas de resíduos. Esses locais não possuem infraestrutura adequada para evitar a contaminação do solo, da água e do ar, além de favorecerem a proliferação de vetores de doenças.


O descarte incorreto também ocorre em áreas sem coleta, somando 5,3 milhões de toneladas de resíduos urbanos. Essa situação coloca em risco a saúde das comunidades próximas, prejudica a qualidade dos recursos naturais e dificulta o trabalho de reciclagem e reaproveitamento de materiais.

Soluções e caminhos para o futuro

Para avançar na gestão sustentável dos resíduos sólidos, é fundamental investir em: 

  • Expansão e melhoria dos serviços de coleta e destinação final ambientalmente adequada, como aterros sanitários;
  • Fortalecimento da reciclagem e economia circular, reduzindo a geração de resíduos e valorizando materiais reaproveitáveis;
  • Educação ambiental e engajamento da população para o descarte correto;
  • Políticas públicas eficazes e fiscalização rigorosa para eliminar os lixões.


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Apesar dos avanços recentes na gestão de resíduos sólidos, o Brasil ainda convive com números alarmantes quando o assunto é descarte irregular. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2023, publicado pela ABREMA, cerca de 33 milhões de toneladas de lixo urbano têm destinação inadequada todos os anos. Esse volume representa quase 43% de todo o lixo gerado no país em 2022, o que corresponde a impressionantes 11.362 piscinas olímpicas cheias de resíduos compactados ou 233 estádios do Maracanã lotados. O que significa descarte irregular? O descarte irregular acontece quando resíduos não são recolhidos pelo sistema oficial de coleta ou são destinados a locais inadequados, como lixões, terrenos baldios, valas e até córregos urbanos. Apesar de ilegais, os lixões ainda recebem aproximadamente 27,9 milhões de toneladas de resíduos anualmente, funcionando sem qualquer estrutura para impedir a contaminação do solo, da água e do ar. Além disso, em áreas sem cobertura de coleta, cerca de 5,3 milhões de toneladas acabam sendo descartadas de forma incorreta, ampliando os riscos ambientais e dificultando a valorização de materiais que poderiam ser reciclados. Impactos para a saúde pública e o meio ambiente Os efeitos desse descarte inadequado vão muito além da poluição visual. Lixões a céu aberto favorecem a proliferação de insetos e animais transmissores de doenças, colocando em risco a saúde das comunidades vizinhas. Sem proteção adequada, os resíduos liberam chorume e gases tóxicos, contaminando o solo, comprometendo lençóis freáticos e contribuindo para a poluição do ar. Essa realidade representa um retrocesso não apenas ambiental, mas também social, já que dificulta o trabalho de reaproveitamento de materiais e sobrecarrega os serviços de saúde pública. Caminhos para o futuro Superar o desafio do descarte irregular exige um esforço conjunto entre governos, empresas e sociedade. Algumas medidas fundamentais incluem: Expansão e melhoria da coleta e da destinação final ambientalmente adequada, com a construção de novos aterros sanitários; Fortalecimento da reciclagem e da economia circular, reduzindo a geração de resíduos e valorizando os materiais reaproveitáveis; Educação ambiental e engajamento social, para que cada cidadão compreenda a importância do descarte correto; Políticas públicas eficazes e fiscalização rigorosa, com o objetivo de eliminar definitivamente os lixões e ampliar a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos.