Reciclagem global do alumínio deve ultrapassar 100 milhões de toneladas até 2050
Brasil já recicla 60% do alumínio consumido e se destaca como referência mundial em circularidade.
A reciclagem de alumínio está prestes a atingir novos patamares nas próximas décadas. De acordo com projeções do International Aluminium Institute (IAI), a indústria global deve reciclar entre 90 e mais de 100 milhões de toneladas por ano até 2050 — mais que o dobro do volume atual.
Hoje, o mundo recicla cerca de 41 milhões de toneladas do metal anualmente. O crescimento previsto revela uma tendência irreversível: a economia circular está se consolidando como eixo estratégico para sustentabilidade, eficiência energética e redução do impacto ambiental.
Brasil na frente: 60% do consumo já vem da reciclagem
Enquanto a média mundial de reciclagem do alumínio gira em torno de 30%, o Brasil apresenta um índice duas vezes maior.
Segundo a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), em 2023 o país reciclou 850 mil toneladas de sucata, o equivalente a 60% do alumínio consumido nacionalmente. Um indicador que reforça o protagonismo brasileiro em soluções sustentáveis e reaproveitamento de materiais.
Essa performance é resultado de uma cadeia estruturada, com tecnologia, logística reversa, valorização do alumínio pós-consumo e iniciativas que integram indústria, cooperativas e consumidores.
Por que o alumínio é essencial na economia circular?
O alumínio é um dos materiais mais recicláveis do planeta. Ele pode ser reaproveitado infinitamente sem perda de qualidade, e a reciclagem consome apenas cerca de 5% da energia necessária para produzir o metal primário a partir da bauxita.
Além disso, seu uso está presente em diversos setores estratégicos:
- Construção civil
- Transportes
- Embalagens
- Energia
- Eletrônicos e eletrodomésticos
A reciclagem, portanto, não só reduz o volume de resíduos destinados a aterros, como também economiza recursos naturais, energia e gera empregos indiretos, fortalecendo uma cadeia produtiva mais limpa e eficiente!

